sexta-feira, 4 de março de 2011

Musas ‘turbinam’ Sapucaí com desfile de silicone e formas perfeitas






Turbinadas, elas estão por toda parte no carnaval: as musas e seus silicones. Será que vale o sacrifício de buscar a forma perfeita?
Além de ritmo, simpatia e silicone, a passarela do samba recebe um desfile de mulheres turbinadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil é o segundo país do mundo em cirurgias plásticas, atrás dos Estados Unidos. São mais de 600 mil por ano. A maioria, estéticas. O aumento da mama é o procedimento mais realizado: 21%.
“Eu acho legal, inclusive eu tenho e não me arrependo, aconselho a quem quiser colocar”, diz uma mulher.
“Acho que vale tudo para ficar mais bonitaPor que não?”, concorda outra mulher.
“Tem que ter o dela mesmo. Ou é ou não é. Se é feio, morre feio. Se é bonito, morre bonito”, opina outra.
Rainha de bateria da Águia de Ouro, em São Paulo, e destaque do Salgueiro, no Rio, a dançarina Valesca Santos vai exibir o corpo conquistado com muita ginástica e uma ajudinha do bisturi. Ela foi uma das primeiras musas do carnaval a experimentar próteses cada vez maiores. Depois da última cirurgia plástica, chegou aos 110 centímetros de quadril e, em vez de fantasia, vai entrar na Sapucaí com o corpo pintado.
Fazendo jus ao apelido “Popozuda”, ela não esconde que trocou a prótese para turbinar o bumbum, mas não acha que o corpo seja o mais importante no desfile. “Acho que a mulher tem que se sentir bem. Ela não precisa estar turbinada, toda grande. É ter alegria para brincar carnaval. Não é necessário ter um corpão", conta Valesca.
O cirurgião plástico Paulo Müller viu aumentar o movimento no consultório no período pré- carnaval, mas condena os exageros. "Uma protese de silicone bem indicada, se a pessoa tem pouco seio, vai aumentar um pouco e é uma coisa que vai melhorar e muito a silhueta de uma mulher. Ela vai ficar mais sexy, se sentir melhor. Agora essa ginástica exagerada, esse corpo muito trabalhado, acho exagero e tudo o que é exagero deve ser combatido”, aponta o cirurgião plástico.
O certo é que a beleza natural é cada vez mais rara nos desfiles. Será que essa moda agrada? “Não sou a favor, gosto de coisa natural”, opina um homem.
“Acho que vale. Mulher deve ficar bonita, pode botar o que quiser”, diz outro homem.
"É bonito para o visual", afirma um terceiro.

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