Emagrecer é um sacrifício e depois de fechar a boca, fazer exercícios físicos e recorrer a outras estratégias para perder peso às vezes é necessário ir para a mesa de cirurgia para retirar a pele flácida. Barriga, braços e pernas estão entre as regiões que podem ficar com excesso de pele após grandes perdas de peso ou o chamado efeito sanfona.
“As coxas, por exemplo, possuem uma pele mais fina na parte interna e por isso não conseguem contraí-la após o emagrecimento, resultando em um aspecto flácido”, explica o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco.
Para retirar o excesso de pele das coxas é possível fazer uma dermolipectomia, nome dado ao procedimento que corrige as imperfeições da região, deixando-a com aparência mais natural e com menos flacidez.
“A gordura excedente também é retirada durante a intervenção cirúrgica. Dependendo da espessura de gordura que reveste o corpo é necessário associar outras técnicas a operação, como a lipoescultura, para que os resultados sejam mais satisfatórios”, esclarece o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Segundo Pacheco, a dermolipectomia abrange apenas o terço superior da parte interna da coxa. O cirurgião faz um corte sobre a linha da virilha e a pele é puxada para cima, assim o excesso pode ser retirado. “A cicatriz fica próxima a virilha e pode se estender até o sulco localizado abaixo do glúteo. O tamanho da marca depende da quantidade de pele que será eliminada e o cirurgião plástico sempre faz um planejamento que possibilite que a cicatriz fique escondida sob as roupas de banho”, aponta o especialista, mestre em Princípios da Cirurgia utilizando o laser.
A anestesia utilizada para este tipo de cirurgia plástica é a peridural com sedação ou geral e o paciente normalmente fica internado por 12 a 24 horas, conforme a sua recuperação e as orientações médicas. “É uma intervenção cirúrgica um pouco mais longa, que dura entre três e quatro horas. São feitos curativos na região e os pontos podem ser retirados duas semanas após a realização do procedimento. Dois dias após a operação o paciente é liberado para tomar banho completo, sem haver prejuízos aos resultados e a saúde”, destaca Pacheco, proprietário da Clínica Michelangelo de Cirurgia Plástica, em Curitiba.
No período de recuperação as principais recomendações são sobre a movimentação das pernas, já que quanto mais tração houver sobre a cicatriz, maior será o seu alargamento. O paciente é orientado a evitar movimentos excessivos, especialmente abrir muito as pernas. “Nos primeiros menos é comum haver um alargamento da cicatriz devido à tração natural que ocorre ao andar e também por causa da gravidade. Geralmente na primeira semana é preciso tomar antibióticos que ajudam a evitar quadros infecciosos e aliviam as sensações dolorosas”, acrescenta.
O resultado definitivo pode ser visto depois que os tecidos se acomodam e a cicatriz obtém o amadurecimento necessário. Este processo leva em torno de seis meses. “O resultado surge gradualmente. No primeiro mês a cicatriz possui um bom aspecto e é pouco visível. Com o passar do tempo a marca muda de cor, do vermelho para o marrom, e vai clareando naturalmente. O processo de cicatrização não pode ser apressado e o paciente deve tomar todos os cuidados, como evitar a exposição solar para que a cicatriz não fique escura”, orienta.
Uma dica é fazer drenagem linfática no período pós-operatório. A técnica ajuda a reduzir o inchaço e eventual insensibilidade. A drenagem é benéfica após qualquer cirurgia plástica, pois contribui para a eliminação de líquidos e toxinas do organismo. “A massagem melhora a circulação sanguínea, contribui para aumentar a imunidade do organismo ao estimular o sistema linfático e ajuda o corpo a reagir melhor à cirurgia. A técnica também agiliza o retorno da sensibilidade nas áreas operadas”, finaliza o cirurgião plástico.
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