sábado, 29 de junho de 2013

O que comer no pós-operatório da cirurgia plástica?

Cuidados na alimentação no período do pós operatório
        pode garantir um bom resultado da operação

Repouso em casa, hematomas por todos os lados, corpo dolorido e muito inchado. Depois de encarar uma cirurgia plástica, é essencial que você tenha paciência acima de tudo. Sim, porque não existem resultados imediatos. Mas vale a pena lembrar que os cuidados após a operação devem começar pela boca. É isso mesmo. Sua dieta pode ajudar ou piorar sua recuperação.



"Os alimentos realmente são capazes de facilitar e muito o pós-operatório. Nesse período, por exemplo, é necessário comer coisas que ajudem a diminuir o inchaço e facilitem a atividade intestinal, já que o paciente ficará um bom tempo de repouso", explica o cirurgião plástico Ércole Spada Neto.

Confira a seguir quais os alimentos que devem ser riscados do cardápio durante o pós-operatório e aqueles que podem - e devem - ser consumidos sem restrição alguma. 

Fuja desses alimentos
Separamos os principais itens que devem ser evitados no período pós-operatório. "Eles fazem efeito contrário e podem dificultar ainda mais a sua recuperação", afirma o cirurgião plástico Ércole Spada. 

Doces e chocolates 
É comum ficar ansiosa para ver o resultado final da cirurgia. O que você não pode fazer é comer um doce ou chocolate para tentar diminuir essa ansiedade. "Além desses alimentos não contribuírem para a digestão, oferecem gorduras e açúcares em grande quantidade", diz o Dr. Ércole Spada. E o problema não pára por aí. "Estudos apontam que o açúcar interfere na produção de colágeno e ajuda a aumentar a flacidez", explica o nutricionista Gil de Abreu, consultor da Life Extension Institute. Segundo ele, os doces também podem levar a um colapso de energia e causar cansaço. 

Leite e derivados
Você já imaginou que o leite pode fazer mal à saúde? Esse líquido consumido diariamente pelos brasileiros é capaz de dar prisão de ventre, gases e impedir a absorção de nutrientes essenciais nessa fase. "Isso acontece porque o leite aumenta a produção excessiva de muco no sistema digestivo, o que dificulta a eliminação de resíduos tóxicos pelos intestinos", explica o nutricionista Gil de Abreu. Além disso, ele também é capaz de causar ou agravar a depressão: é no intestino que boa parte da serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e pela diminuição do apetite, é produzida. Quando suas funções são prejudicadas, a produção de serotonina fica comprometida. 

Gorduras saturadas ou trans
Você já escutou falar nessas vilãs que estão presentes nos salgadinhos de pacote, na batatinha frita das lanchonetes fast-food, na maioria das margarinas, na pipoca de microondas, nos bolos e tortas industrializados e nas bolachas recheadas. O que elas fazem? Aumentam o nível do mau colesterol e diminuem o bom colesterol, aquele que ajuda a retirar as gorduras das células, facilitando sua eliminação do organismo. Outra grande desvantagem para você que acabou de sair de uma cirurgia é que essas gorduras, de acordo com o nutricionista, desequilibram os níveis de ômega 3 e 6, ácidos graxos essenciais que estão diretamente ligados ao processo antiinflamatório, que ajudam a evitar e combater inflamações. 

Cafeína (café, refrigerantes de cola, chá preto)
Se você é daquelas mulheres que é movida a cafezinho ou ama um refrigerante, pode esquecer. "A cafeína exerce efeito tóxico e desidratante no organismo. Também leva as glândulas supra-renais à exaustão, aumentando o estresse", afirma Gil de Abreu. Segundo o nutricionista, isso significa que eles podem te deixar mais irritada e ansiosa, provocar dor de cabeça, fadiga e depressão. 

Carne vermelha
Não é hora de sobrecarregar o organismo. "Consumir carne vermelha pode dificultar a digestão, causar desconforto, esgotar nutrientes, sobrecarregar rins e fígado e ainda gerar desequilíbrio entre as bactérias boas e nocivas que vivem no intestino, levando à prisão de ventre", explica o nutricionista. Por isso, evite ao máximo. 

Alimentos fermentativos
Os médicos recomendam evitar alimentos como feijão, lentilha, grão-de-bico, repolho e até as massas. "A fermentação provoca a dilatação do estômago e pode aumentar muito a formação de gases e cólicas. Isso pode ser extremamente desconfortável para os pacientes, principalmente os que fizeram cirurgias abdominais", explica o cirurgião plástico Ércole Spada. 

Bebidas alcoólicas
É bem simples: álcool e remédio não combinam. E no pós-operatório você vai precisar, no mínimo, de analgésicos para diminuir a dor. A ingestão de álcool pode alterar o efeito dos medicamentos, potencializar suas propriedades provocando reações indesejáveis ou não resolver o problema. Assim, o analgésico não vai retirar a dor, o antiinflamatório não irá curar a inflamação. 

Sal (embutidos, defumados, molhos prontos)
Nem pense em exagerar nas comidas salgadas. "Esses alimentos trazem alta concentração de sódio, que são responsáveis por causar retenção de líquidos", afirma o nutricionista Gil de Abreu. Resultado: você fica mais inchada. 

Aposte nessas comidas
Depois de conhecer os vilões, é hora de ver o que está liberado. Aproveite ao máximo esses alimentos porque eles vão lhe ajudar na fase da recuperação. 

Água, sucos naturais, melão, abacaxi e melancia
Essas bebidas ajudam a hidratar o organismo, compensar a perda de líquidos e diminuir o inchaço. 

Probióticos (iogurte e leite fermentado)
São aqueles que contêm microorganismos que ajudam no equilíbrio da flora intestinal. 

Ovo
Fornece proteínas que fazem a reconstrução dos tecidos perdidos durante a cirurgia e são de fácil digestão. 

Abacate
Elimina o mau colesterol e combate os radicais livres. Com betacaroteno, vitaminas A, B, C, D, E, proteínas, cálcio, magnésio, fósforo, ferro, potássio. Regula o intestino. 

Cenoura e Beterraba
Ricas em betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A e ajuda na cicatrização. 

Abóbora, cenoura, damasco, manga, espinafre, couve, tomate e uva
São alimentos ricos em ativos com propriedades antioxidantes que bloqueiam a ação dos radicais livres, liberados durante a plástica. 

Castanha-do-pará
Traz selênio, um poderoso elemento antioxidante, que também elimina os radicais livres do organismo. 

Salmão e atum
Além de possuírem grande quantidade de proteínas, trazem gorduras boas, ricas em ômega 3, que ajudam a prevenir inflamações. 

Fibras
Melhora a função intestinal, além de diminuir os níveis de colesterol. Algumas boas opções: as verduras, legumes, mamão, ameixa, nectarina e cereais integrais. 

Shimeji e shitake
Possuem uma substância fitoquímica que melhora a imunidade. 

Goiaba
Rica em vitamina C, atua na formação do colágeno e ajuda a restaurar os tecidos. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Oito cuidados para prevenir manchas nas axilas


Atrito na região e desodorantes com álcool são causas comuns do escurecimento




Elas ficam a maior parte do tempo bem escondidas pela roupa, ninguém vê se a depilação está vencida, se a pele está ressecada ou escurecida. Mas basta um descuido e você acaba mostrando as axilas. "Por ser uma região do corpo que é chamada de área de dobra, a axila retém suor e micro-organismos, o que, além de deixá-la sensível, a torna um ambiente excelente para a proliferação de fungos e bactérias", explica a dermatologista Daniela Landim, pós-graduada em medicina estética. "Pequenos traumas decorrentes da depilação e até mesmo do atrito da pele são os principais responsáveis pela pigmentação da área com o passar do tempo e a formação das manchas". Quer saber quais são os vilões da cor escurecida destas dobrinhas? Nós te contamos num passo a passo para prevenir as manchas.

Boa higiene em primeiro lugar

A dermatologista Daniela Landim conta que uma boa higiene das axilas é fundamental para que a axila continue com sua cor original. "Costumo recomendar sabonetes à base de triclosano, que remove o excesso de bactérias", conta. Esses micro-organismos deixam a pele mais sensível, propensa ao aparecimento de manchas."Se o suor for excessivo, o ideal é lavar as axilas ao menos três vezes por dia com este produto".

Desodorante - foto: Getty Images

Pré-requisitos do desodorante

Primeiro passo: escolha um desodorante sem álcool na fórmula, que irrita e traumatiza a pele e predispõe o aparecimento de manchas. O dermatologista Cláudio Mutti ensina o segundo passo: "evite desodorantes em spray, que em geral contêm alumínio, substância que vêm sendo associada a problemas de saúde, mas ainda sem comprovação científica".

Produtos - foto: Getty Images

Escolha o melhor tipo de desodorante

A dermatologista Daniela Landim conta quais são os prós e contras de cada tipo de desodorante: 


- Aerossol: este é o mais irritante para as peles sensíveis, ele contém micropartículas de talco e seu jato seco pode ocasionar obstrução das glândulas, causando inflamação. 



- Cremoso: ele é indicado para peles muito sensíveis e para quem faz depilação com lâmina, as formulações costumam ser hipoalergênicas e hidratantes - a desvantagem é que se a mão estiver contaminada, pode levar micro-organismos ao pote e também às axilas. 



- Roll-on: se a axila não estiver bem limpa, a contaminação inativa o produto, causando danos secundários à pele. Dentre as vantagens, forma uma película protetora na axila e tem duração prolongada. 



- Spray: geralmente contém álcool em altas concentrações, por isso, é contraindicado para peles sensíveis. 

Mulher com hidratante - foto: Getty Images

Hidratação

A hidratação é fundamental para qualquer parte do corpo e ainda mais necessária às axilas, que tendem ao ressecamento mais facilmente. A recomendação da dermatologista Daniela Landim é que a pele da região seja hidratada duas vezes por dia, depois da higienização, com um creme corporal. "Também é possível usar desodorantes que contenham hidratantes em suas fórmulas, como os cremosos, por exemplo".
Esfoliante - foto: Getty Images

Esfolie

Axilas também merecem cuidados, por isso, quando for esfoliar o corpo, aproveite e esfolie estas dobrinhas. "As esfoliações podem ser realizadas, no máximo, duas vezes por semana, com produtos esfoliantes corporais e de maneira bem suave, já que a pele da região é sensível", explica o dermatologista Cláudio Mutti. "A esfoliação renova a camada celular do local e previne a formação de pelos encravados e manchas".
Roupas adequadas - foto: Getty Images

A roupa pode agredir a região

"O atrito constante do tecido artificial de uma roupa justa também pode traumatizar as axilas, mas para isso, essa roupa deve ser de uso rotineiro, usá-la uma única vez não causa problema", explica o dermatologista Cláudio Mutti. Use roupas mais leves, menos coladas e cujas costuras não fiquem em constante fricção com as axilas.
Depilação - foto: Getty Images

A depilação

Não importa qual seja o método de depilação que você costuma fazer, a pele geralmente fica irritada com a retirada dos pelos. O dermatologista Claudio Mutti explica que a lâmina e as loções depilatórias são os métodos que mais comprometem a pele das axilas. O método recomendado pelo especialista para quem tem axilas escuras é a depilação a laser. "Ela reduz uma grande quantidade de pelos em cerca de cinco sessões, reduzindo a necessidade de uso de outros métodos depilatórios".
Mulher com obesidade - foto: Getty Images

Evite o excesso de peso

Por mais incrível que pareça, o sobrepeso é um dos principais causadores do escurecimento das axilas. "O excesso de peso favorece o atrito e o traumatismo constante não apenas nas axilas, como em todas as regiões de dobras, o que faz com que a pele fique mais escura com o passar do tempo", explica Cláudio Mutti. O excesso e a retenção de suor complicam ainda mais a situação. Se você está acima do peso, vale investir nos cuidados ditos anteriormente e voltar ao peso ideal.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Chegada do inverno abre ''temporada'' das cirurgias plásticas no país

O inverno que começou dia 21 de junho inaugurou também o auge da temporada de cirurgias plásticas no país. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre os meses de junho, julho e agosto os consultórios registram movimento 50% maior do que o observado nos demais períodos do ano.

A preferência pelo inverno para dar um retoque na aparência deve-se a duas razões: o frio e a pouca incidência de luz solar, explica o cirurgião plástico Antonio Carlos Munuzzi Filho.

O sol é um dos maiores inimigos durante o pós-operatório. Pode deixar manchas e cicatrizes, enquanto o calor dilata os vasos sanguíneos e causa mais inchaço à pele, além de um incômodo extra: logo após a cirurgia, muitos pacientes precisam usar uma cinta grossa, que esquenta e gera desconforto.

É importanta lembrar que cirurgia plástica é um processo complexo, que envolve anestesia e, muitas vezes, um pós-operatório doloroso. Portanto, é preciso buscar um profissional qualificado.

— Há muitos médicos não especializados realizando cirurgias plásticas. Um procedimento malfeito pode acarretar danos irreversíveis — diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Horácio Aboubid Jr.